segunda-feira, 29 de junho de 2020

Sonksen

A maioria dos jovens que vai ao supermercado hoje em dia e contempla a variedade na gôndola de chocolates, podendo escolher um bom exemplar por um preço acessível, mal sabe que esse alimento já foi um item de luxo para as famílias paulistanas; mal sabe que a primeira fábrica de chocolates instalada em São Paulo e, também, no Brasil, foi a Sönksen, fundada em 1888. Ela funcionaria por quase cem anos e faria história por aqui. Durante mais de 80 anos, até a década de 1970, a Sönksen foi a grande líder desse mercado que, desde seu início, dava indícios de ser promissor e de franco crescimento.A empresa se notabilizou pela fabricação dos tradicionalíssimos ovos de Páscoa, coelhos de chocolate ou os deliciosos e populares “Urso Branco” (de chocolate branco) e “Urso Marrom” (de chocolate ao leite). Com o famosíssimo slogan o “chocolate para famílias”, ela conquistava cada vez mais lares e, com uma visão de marketing muito à frente da sua época, desenvolvia produtos que iam além da Páscoa, vendendo doces para o Natal, Dia das Mães e Dia dos Namorados. Uma novidade para o fim do século XIX e começo do século XX.Com seus chocolates voltados à classe A, que incluíam bombons de fondant e recheados com geleia, a Sönksen também era extremamente conhecida graças às suas balas com sabor mais azedo e de cevada. O doce cheiro que exalava das fábricas era uma tentação para os pedestres da região central de São Paulo.O Começo do Fim e O IncêndioContudo, o grande reinado da Sönksen começou a acabar na década de 1970. Logo no começo dessa importante época, a empresa foi colocada à venda e, no ano de 1977, ela pediu concordata.Tudo isso acabou acontecendo devido à perda do feeling de mercado da empresa. Com o surgimento de novas empresas e com os doces da Sönksen sendo mais caros, sofisticados e, alguns dos produtos, serem vendidos apenas na empresa, acabaram levando à falência dela em 1983. O típico exemplo do "eu sou o maior e o melhor" e subestimar a concorrência.Nesse mesmo ano, mais especificamente no dia 5 de setembro, aconteceu um misterioso e gigante incêndio na fábrica, exatamente na hora em que ocorria o despejo. Na ocasião, vários empregados, irritadíssimos com os atrasos dos salários, tentaram impedir que as máquinas fossem retiradas.O fogo, então, consumiu grande parte da fábrica e destruiu uma das mais antigas e conceituadas marcas da história de São Paulo. Atualmente, a marca ainda está gravada na memória dos paulistanos mais saudosos e, suas embalagens de lata, se tornaram itens de colecionadores.

domingo, 22 de setembro de 2019

O Mundo Árabe


O MUNDO ÁRABE




O SIGNIFICADO DO TERMO “ÁRABE”

A explicação mais aceita para a palavra "árabe" é o significado de "claro" (não como oposição a escuro, mas como "compreensível"). Os idosos beduínos ainda utilizam esse termo com o mesmo significado; aqueles cuja língua eles compreendem chamam de árabes e aqueles cuja língua é desconhecida deles chamam "Ajam" ou "Ajami". Na região do Golfo pérsico, o termo "Ajam" é frequentemente empregado para se referir aos persas, atuais iranianos.

A LÍNGUA ÁRABE

Não se tem ao certo quando e onde a língua começou a ser usada, contudo, a língua árabe foi desenvolvida no que é hoje o Iêmen e a Arábia Saudita e o primeiro texto escrito em árabe foi descoberto em gravações em pedras na Síria e remonta ao ano de 328 a.C.. O consenso entre os estudiosos é que havia uma grande variedade de dialetos, mas três deles se entendiam entre si, o “Quraysh”, da tribo do profeta Maomé (Mohammad), a língua da tribo “Al rabiah”, que habitava a região do Mont Arab na atual Arábia Saudita e a da tribo “Qadhah”, hoje Iêmen.

Os países de Língua Árabe abrangem a região do Norte da África e Oriente Médio. No total são vinte e dois países oficialmente que somados formam uma população de mais de 400 milhões de pessoas. Não oficializados são vinte e oito países falantes da língua, por causa de alguns países que ainda estão requerendo seus domínios como é o caso da Palestina e Somália entre outros.

A abrangência da língua árabe no mapa territorial pega parte do Oceano Atlântico,  norte da África, até a parte oriental do Mar Mediterrâneo e Golfo árabe.

O islamismo veio para imortalizar a língua árabe de “Quraysh”, na qual foi revelado o Al Quran ou O Corão, que a tornou a língua árabe clássica desde o aparecimento do islamismo até aos dias de hoje.

O POVO ÁRABE

Os árabes são mencionados pela primeira vez em uma inscrição assíria de 853 a.C., onde Salmanaser III menciona um rei Gindibu de "matu arbaai" (terra árabe) como estando entre as pessoas que ele derrotou na batalha de Karkar.

Os árabes chegaram à Península Ibérica por volta de 1050 d.C. e permaneceram até meados de 1800 d.C. deixando um legado cultural que influenciou as línguas, religiões, música e dança assim como a culinária.

terça-feira, 27 de março de 2018

A Língua Árabe

Embora a língua árabe possa parecer muito com as línguas semíticas como o aramaico, hebraico, acádio, maltês e outras semelhantes, ela é muito diferente, pois o árabe tem um detalhe muito especial, é falado de três formas tão diferentes que só quem as estuda consegue entende-las.

I. O Árabe Clássico ou Corânico
O árabe clássico é a forma da língua árabe usada entre os séculos entre VII e IX, portanto é a língua litúrgica do Islã, a linguagem do Al Quran.
• Obs.: Há uma forma do Árabe Clássico que precede o Islã, é a língua da antiga poesia pré-islâmica.


II. O Árabe Moderno
É a linguagem das Instituições de Ensino, do fundamental até as Universidades, da administração, da escrita, da mídia, da liturgia islâmica e da comunicação formal.


III. O Árabe Coloquial ou Variantes do Árabe
O árabe coloquial, em toda a sua diversidade, é a verdadeira língua materna dos árabes.
É a língua usada em casa, em conversas informais entre os nascidos na mesma região dialectal e da música popular. No contexto regional o dialeto mais entendido é o egípcio, por ser o país árabe mais populoso e o de maior produção cultural e artística.


Os principais dialetos são:

I.  O Árabe Marroquino

II. O Àrabe do Norte Oriental africano, Argélia, Tunísia e Líbia.


III. O Árabe do Sudão e o árabe de Chad.


IV. O Árabe Egípcio do Egito.


V. Árabe Levantino ou Shami, do Líbano, Síria, Jordânia, Palestina e Israel.


VI. O Árabe Iraquiano do Iraque, embora com características próprias, é o mais parecido ao Levantino.


VII. O Árabe do Golfo Pérsico, da Península Arábica, Kuwait, Arábia Saudita, Bahrein, Catar, Emirados Árabes Unidos e Omã.


VIII. O árabe do Iêmen.

terça-feira, 8 de setembro de 2015

 

 

O Reino da Arábia Saudita


O nome oficial do país é Reino da Arábia Saudita (em árabe, Al Mamlakah al Arabiyah as Saudiya).

Ao contrário do que muitas pessoas pensam, a capital saudita não é Meca e, sim, a cidade de Riad.

O país tem como Constituição a sharia, a lei islâmica ditada pelo Alcorão.

Por ser um reino islâmico não existem partidos políticos, nem parlamento. O governante supremo é o rei Salman Al Saud, da casa dos Saud.

A Arábia Saudita moderna foi fundada por Ibn Saud no início do século XX e até hoje é governada por seus descendentes.

Vinte e três de setembro é a data nacional saudita, dia da Constituição Formal do Reino.

Os sauditas, como muitos países regidos pela sharia, seguem o calendário islâmico, não o gregoriano.

A sexta-feira é o dia do descanso semanal como é o domingo nos outros países.

O país é chamado de “A Terra das Duas Mesquitas Sagradas”, em referência às mesquitas das cidades de Meca e Medina.

Localizado no Oriente Médio (mais precisamente na chamada Península Arábica), a Arábia Saudita faz fronteiras com pequenos países, como Omã, Qatar, Bahrein, Kuwait, Iêmen e Emirados Árabes Unidos.

Noventa e cinco por cento do território da Arábia Saudita é constituído de desertos.

Setenta e cinco por cento da renda do país é proveniente da exportação do petróleo que é o responsável por noventa por cento das exportações, tornando-o assim, o maior exportador mundial.

A frase em árabe na bandeira da Arábia Saudita significa “Não há outra divindade além de Allah, e Muhamad é o seu profeta”.

Durante o período do hajj (a peregrinação à cidade de Meca) mais de 2 milhões de peregrinos, de mais de 100 países tomam a cidade.

Uma das famílias mais ricas e poderosas da Arábia Saudita é a família Bin Ladin.

O toque físico e o cumprimento são muito bem-vindos, desde que entre pessoas do mesmo sexo. É comum vermos homens de mãos dadas (não só na Arábia Saudita, mas em muitos outros países do Oriente), em sinal de respeito e amizade.

As bebidas alcoólicas e a carne de porco são terminantemente proibidas. Ser flagrado consumindo bebida alcoólica pode trazer muitos problemas.

A roupa tradicional masculina é o thub, uma peça única e comprida. Na cabeça, os homens sauditas usam ghutra ou o shimagh. As mulheres usam a a abayah ou jihab, que cobre o corpo inteiro inclusive o rosto.

Se estiver na Arábia Saudita (assim como em qualquer outro país árabe) evite cruzar as pernas e mostrar as solas dos sapatos, pois é considerado falta de respeito.

As lojas e restaurantes sauditas costumam fechar por meia hora durante os horários da orações islâmicas – realizadas cinco vezes por dia.

Restaurantes e lanchonetes não abrem do nascer ao pôr-do-sol durante o mês do Ramadan, o período de jejum do calendário islâmico. Os não-muçulmanos em visita ao país devem evitar comer em público antes do anoitecer (essa regra vale até para países considerados mais liberais, como os Emirados Árabes Unidos).

O maior relógio do mundo foi ativado recentemente na cidade de Meca.

Meninos e meninas só estudam juntos nos primeiros anos de alfabetização. Depois, eles só podem ser matriculados em escolas e universidades separadas. A segregação de gênero é, aliás, comum em quase todos os espaços públicos.

As mulheres são proibidas de dirigir na Arábia Saudita. Recentemente, algumas foram presas por “burlar a lei” dirigindo.

Um dos passatempos prediletos dos jovens sauditas (homens, é claro) é participar de rachas nas estradas do país. Além dos rachas, eles costumam fazer acrobacias com os automóveis.

Os sauditas pretendem construir o edifício mais alto do mundo. Batizado de Burj Al-Mamlakah, ele terá mais de 1 quilômetro de altura.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015


Entenda o que querem e como surgiram os grupos extremistas que ameaçam o mundo.

 
 

 
 
 
 Diariamente, o Estado Islâmico aparece nas manchetes dos principais jornais do mundo. Não só pelos assassinatos brutais de civis, filmados e publicados na internet, mas também por causa do recrutamento de ocidentais e pelo treinamento militar de crianças, que se tornam guerrilheiras precoces do grupo. Além disso, o grupo passou a queimar livros e destruir obras de arte que representam outras religiões, principalmente as cristãs, por eles chamadas povos da cruz.

Outras células terroristas, no entanto, também ameaçam populações e governos da África e da Ásia, além de causar medo na Europa e na América do Norte, potenciais alvos de ataque. Veja outros quatro grupos, além do Estado Islâmico, que também ocupam o noticiário pelos atos extremistas.

 

Al Qaeda


Origem: Afeganistão, 1988, após a expulsão da União Soviética do país.

Atuação: Afeganistão, Paquistão, Quênia, Síria, Índia, Somália; ações eventuais em países da Europa e dos Estados Unidos.


Objetivo: Combater a influência ocidental nos países muçulmanos –atacando inclusive governos islâmicos considerados "liberais demais"– e implantar a sharia, o código religioso islâmico interpretado de forma extrema e equivocada pelo grupo, tornando assim o assassinato de civis, por exemplo, como permitido em prol dos objetivos dos terroristas. A Al Qaeda ganhou notoriedade após os atentados de 11 de Setembro e espalhou o terrorismo por países do Ocidente, do Oriente Médio e da África, influenciando organizações como Estado Islâmico, Al-Shabaab e Boko Haram. Apesar da morte de Osama Bin Landen, o grupo continua vivo a partir de colaboradores inspirados pelos ideais dos terroristas que promovem eventuais ataques suicidas em países como Estados Unidos, Quênia e Iraque.

Atentados notóriosEUA, 11 de setembro de 2001 (Nova York e Pentágono, cerca de 3.000 mortos); embaixadas americanas em Dar es Salaam, Tanzânia, e Nairóbi, Quênia, em 7 de agosto de 1998 (224 mortos); distrito turístico de Bali, Indonésia, em 12 de outubro de 2002 (202 mortos).


 


Taliban

Origem: Afeganistão e Paquistão, 1994.

Atuação: Afeganistão e Paquistão.

Objetivo: Outro nome que ganhou as manchetes pelos atentados de 11 de Setembro, o grupo governou o Afeganistão de 1996 até a invasão americana de 2001 –ele foi tirado do poder pelos Estados Unidos pela acusação de proteger Osama Bin Laden e terroristas da Al-Qaeda, de quem o Taliban era aliado. Mas o grupo continuou ativo no país, com a meta de implementar a Sharia, assim como no Paquistão, onde tem o nome de Tehrik-i-Taliban Pakistan e promove sucessivos ataques. O governo paquistanês, que já foi próximo do grupo na época do domínio taliban no vizinho Afeganistão, tenta dialogar com os terroristas em seu país, sem sucesso. Já o Afeganistão recebe treinamento de contraterrorismo das forças dos Estados Unidos e da Otan, mas não consegue extinguir os ataques.

Atentados notóriosmassacre em escola de Peshawar, no Paquistão, 16 de dezembro de 2014 (145 mortos, incluindo 132 crianças); ataque a um mercado em Mohmand Agency, Paquistão, em 9 de julho de 2010 (104 mortos); tentativa de assassinato da adolescente ativista Malala Yousafzai, ganhadora do prêmio Nobel da Paz de 2014, em 9 de outubro 2012. O Tehrik-i-Taliban Pakistan assumiu a autoria dos três atos.


 
 

Al Shabaab

Origem: Somália, 2006.

Atuação: Somália, Quênia e Uganda.

Objetivo: Grupo ligado à Al Qaeda criado com o objetivo de transformar a Somália, que enfrenta uma guerra civil, em um estado fundamentalista islâmico governado com base na Sharia. Além dos ataques domésticos, também realizou atentados em países vizinhos, como Quênia e Uganda, que se juntaram à Somália para combater os terroristas. As tropas conseguiram expulsar o grupo de Mogadício, capital somali, mas os guerrilheiros controlam algumas partes do país e continuam a atuar no Quênia e em Uganda. O Al Shabaab ganhou notoriedade quando o grupo convocou por vídeo, seus "simpatizantes no Ocidente" a copiar um ataque a um shopping no Quênia, que deixou mais de 60 mortos. Os Estados Unidos entraram em alerta, mas o governo Obama ressaltou que não havia "evidência crível ou específica" de que um ataque a shoppings estava sendo planejado no país.

Atentados notórios: ataques suicidas em Kampala, Uganda, em 11 de julho de 2010, no dia da final da Copa do Mundo da África do Sul (74 mortos); ataque em Beledweyne, Somália, em 18 de junho 2009 (35 mortos, incluindo Omar Hashi Aden, Ministro da Segurança do país) e vários outros atentados locais.


 
 

 Estado Islâmico

Origem: Iraque e Jordânia, 1999, como "Organização do Monoteísmo e Jihad".

Atuação: Iraque, Líbia e Síria.

Objetivo: Dissidente da Al Qaeda no Iraque, o grupo se estruturou e tomou o mundo de surpresa no ano passado quando conseguiu ocupar territórios e criar um califado entre a Síria e o Iraque, onde hoje se concentra. Mesmo sofrendo constantes ataques aéreos dos Estados Unidos e sendo combatido por Egito, Jordânia, Iraque e Síria, além de forças kurdas, o Estado Islâmico assusta tanto pelo avanço militar quanto pelos brutais assassinatos cometidos contra reféns e cidadãos vistos como inimigos do regime. O grupo também governa a partir da Sharia, o código religioso islâmico interpretado de forma radical pelo grupo, e quem a desrespeita está sujeito a tortura e morte. Seu líder, Abu Bakr al-Baghdadi, é apontado pelos terroristas como sucessor de Maomé, e o EI exige que os muçulmanos prestem sua devoção a ele. O alcance da organização não fica restrito à área invadida: com os recentes recrutamentos de ocidentais, o Estado Islâmico tem se tornado uma ameaça também na Europa e na América do Norte, que temem atentados em seus próprios países e a saída de cidadãos, muçulmanos ou não, para se juntar ao grupo.

Atentados notórios: o domínio do grupo nos territórios sírio e iraquiano frequentemente deixa vítimas, mas o grupo também pratica assassinatos em massa: um dos mais famosos foi entre 12 e 15 de junho de 2014, quando cerca de 1.700 soldados iraquianos teriam sido mortos pelos terroristas em Tikrit.


 
 

Boko Haram

Origem: Nigéria, 2002.

Atuação: Nigéria, Chade, Níger e Camarões.

Objetivo: O Boko Haram é mais um que busca a implantação da Sharia, que seria incorporada na Nigéria, o país mais populoso da África, a partir de um golpe. Os terroristas têm sua base no norte do país, de maioria muçulmana. Mas o sul, região da capital Lagos e majoritariamente cristão, também começa a sentir as ameaças. Os sequestros e assassinatos em massa, no entanto, ocorrem principalmente no norte e na região central do país. Nigéria, Camarões e Chade, com apoio técnico e financeiro dos Estados Unidos, tentam combater o Boko Haram, que até o momento tem se mostrado uma ameaça concentrada apenas na África Ocidental.

Atentados notórios: sequestro de 276 garotas de uma escola em Chibok em abril de 2014 (219 ainda estão desaparecidas); sequestro da mulher do vice-presidente de Camarões em julho de 2014 (foi libertada em outubro); assassinato em massa em Baga em janeiro de 2015 (pelo menos 150 mortos, número que pode chegar a 2.000, segundo a entidade Human Rights Watch).






terça-feira, 30 de abril de 2013

English is a crazy language



We'll begin with a box, and the plural is boxes,
But the plural of ox becomes oxen, not oxes.
One fowl is a goose, but two are called geese,
Yet the plural of moose should never be meese.
You may find a lone mouse or a nest full of mice,
Yet the plural of house is houses, not hice.
If the plural of man is always called men,
Then shouldn't the plural of pan be called pen?
If I speak of my foot and show you my feet,
And I give you a boot, would a pair be called beet?
If one is a tooth and a whole set are teeth,
Why shouldn't the plural of booth be called beeth?
Then one may be that, and three would be those,
Yet hat in the plural would never be hose,
And the plural of cat is cats, not cose.
We speak of a brother and also of brethren,
But though we say mother, we never say methren.
Then the masculine pronouns are he, his and him,
But imagine the feminine: she, shis and shim!

sábado, 23 de março de 2013

Quem é indígena no Brasil?

A definição de "indígena" estabelecida pela ONU diz que:


A definição de "indígena" estabelecida pela ONU diz que:
"As comunidades, os povos e as nações indígenas são aqueles que, contando com uma continuidade histórica das sociedades anteriores à invasão e à colonização que foi desenvolvida em seus territórios, consideram a si mesmos distintos de outros setores da sociedade, e estão decididos a conservar, a desenvolver e a transmitir às gerações futuras seus territórios ancestrais e sua identidade étnica, como base de sua existência continuada como povos, em conformidade com seus próprios padrões culturais, as instituições sociais e os sistemas jurídicos."

Vejamos:
Se "consideram a si mesmos distintos de outros setores da sociedade" podemos entender que a distinção se refere aos traços culturais, hábitos alimentares, vestimentas e comportamento, especificamente no que tange aos códigos sociais, ou seja, têm um "sistema judiciário" próprio, estabelecem uniões maritais específicas, executam um dos gêmeos logo depois do nascimento, seguindo preceitos religiosos particulares, têm códigos linguísticos próprios.

Se almejam "a transmitir às gerações futuras seus territórios ancestrais e sua identidade étnica" não precisam tomar nenhuma providência externa, devem se manter nos territórios já demarcados pelo governo e nos que estão em processo de demarcação e evitar casamentos com pessoas fora da etnia. Ora, para tanto, devem evitar o contato com outras etnias, não frequentado ambientes urbanos.

Afinal, quem é indígena no Brasil? Aquele que usa cocar com as penas de um papagaio ou arara, usa zarabatana ou arco e flecha, mas ocupa os centros urbanos e prédios públicos? Ou aqueles que vivem em tabas nas aldeias, com antenas parabólicas, televisores, possuem máquinas fotográficas de última geração, tabletes e aparelhos celulares? Quem é indígena no Brasil? Aqueles que usam motocicletas como meio de locomoção? Aqueles que mantêm a figura do pajé, mas mediante uma apendicite aguda recorre à medicina daqueles que rejeitam? Quem é indígena no Brasil? Aqueles que lutam até a morte para manter a posse das terras dos ancestrais e ao conseguirem as demarcações alugam para mineradores e madeireiros? Não, nenhum deles! Os verdadeiros indígenas estão nas florestas. Muitos deles sem a noção de que existe um mundo civilizado a sua volta. Não reivindicam nada, não bloqueiam estradas, não invadem fazendas, não criam confronto com a polícia. Vivem, apenas vivem como o fizeram os seus antepassados.

Creio que cada um de nós tem orgulho das nossas origens, gosta das comidas típicas dos países de origem dos nossos antepassados, alguns até já visitaram estes países e gostam da música dos países de origem, cultivam ou mantêm respeito, em algum momento, pelos rituais dos seus antepassados, mas não querem viver como eles viviam.

Afinal, quem são os indígenas do Brasil? Os governantes que cedem aos reclamos de pequenos grupos e os condenam ao "apartheid" ou aqueles que, como sufistas do acaso, assumem, temporariamente, como sobrenome o nome de uma tribo daqui e de outra de acolá, em nome de um adjetivo de "politicamente correto"? Afinal, o que é o correto? Abrigar os povos originários dando-lhes condições de aderirem à civilização mantendo as suas culturas como meio de integração a um povo que é formado, na sua maioria, por uma diversidade de outros povos ou condená-los a segregação eterna até que minguem lentamente e deixem de ser um "problema social" a ser resolvido?

Manter a sua identidade étnica não significa que devamos morar em cavernas sem as tecnologias modernas que foram desenvolvidas para o nosso melhor viver, pois etnia está ligada, também, a fatores biológicos, não exclusivamente às culturas. Não significa que devamos nos isolar da civilização, pois ela é algo irreversível. Querer viver como qualquer outro animal do nosso planeta, como se não fossemos gratos à inteligência e racionalidade que conquistamos é negar o processo evolutivo que nos fez chegar até aqui. Pequenos grupos querendo viver dependendo de um vasto território para caça e pesca, negando a civilização, em detrimento de áreas que podem ser utilizadas para benefício de milhões de pessoas, seja na exploração sustentável, como vivem milhões de pessoas civilizadas na região centro-norte do país ou disponibilizar as áreas para abrigar novas cidades, é exigir um privilégio que não cabe mais nos dias de hoje. Políticas públicas adequadas e planejadas seriam suficientes para, quando da abordagem no primeiro contato, preparassem os verdadeiros indígenas para, paulatinamente, serem integrados à sociedade como mais um grupo étnico que viria enriquecer a nossa cultura e conscientizá-los de que a integração os faria donos de 12.712 milhões de quilômetros quadrados, incluindo a fronteira marítima, e não somente o pedaço de floresta que conhecem.

Ser civilizado é vestir um exoesqueleto que nos torna mais fortes, mais inteligentes sem que, no entanto, percamos a nossa forma original. E mais, todos nós fomos, um dia, de uma forma ou de outra, indígenas e nos adaptamos à civilização, como é da nossa natureza, para sermos considerados uma "espécie vencedora", caso contrário não estaríamos aqui até hoje.

Quem é indígena no Brasil?