terça-feira, 8 de setembro de 2015

 

 

O Reino da Arábia Saudita


O nome oficial do país é Reino da Arábia Saudita (em árabe, Al Mamlakah al Arabiyah as Saudiya).

Ao contrário do que muitas pessoas pensam, a capital saudita não é Meca e, sim, a cidade de Riad.

O país tem como Constituição a sharia, a lei islâmica ditada pelo Alcorão.

Por ser um reino islâmico não existem partidos políticos, nem parlamento. O governante supremo é o rei Salman Al Saud, da casa dos Saud.

A Arábia Saudita moderna foi fundada por Ibn Saud no início do século XX e até hoje é governada por seus descendentes.

Vinte e três de setembro é a data nacional saudita, dia da Constituição Formal do Reino.

Os sauditas, como muitos países regidos pela sharia, seguem o calendário islâmico, não o gregoriano.

A sexta-feira é o dia do descanso semanal como é o domingo nos outros países.

O país é chamado de “A Terra das Duas Mesquitas Sagradas”, em referência às mesquitas das cidades de Meca e Medina.

Localizado no Oriente Médio (mais precisamente na chamada Península Arábica), a Arábia Saudita faz fronteiras com pequenos países, como Omã, Qatar, Bahrein, Kuwait, Iêmen e Emirados Árabes Unidos.

Noventa e cinco por cento do território da Arábia Saudita é constituído de desertos.

Setenta e cinco por cento da renda do país é proveniente da exportação do petróleo que é o responsável por noventa por cento das exportações, tornando-o assim, o maior exportador mundial.

A frase em árabe na bandeira da Arábia Saudita significa “Não há outra divindade além de Allah, e Muhamad é o seu profeta”.

Durante o período do hajj (a peregrinação à cidade de Meca) mais de 2 milhões de peregrinos, de mais de 100 países tomam a cidade.

Uma das famílias mais ricas e poderosas da Arábia Saudita é a família Bin Ladin.

O toque físico e o cumprimento são muito bem-vindos, desde que entre pessoas do mesmo sexo. É comum vermos homens de mãos dadas (não só na Arábia Saudita, mas em muitos outros países do Oriente), em sinal de respeito e amizade.

As bebidas alcoólicas e a carne de porco são terminantemente proibidas. Ser flagrado consumindo bebida alcoólica pode trazer muitos problemas.

A roupa tradicional masculina é o thub, uma peça única e comprida. Na cabeça, os homens sauditas usam ghutra ou o shimagh. As mulheres usam a a abayah ou jihab, que cobre o corpo inteiro inclusive o rosto.

Se estiver na Arábia Saudita (assim como em qualquer outro país árabe) evite cruzar as pernas e mostrar as solas dos sapatos, pois é considerado falta de respeito.

As lojas e restaurantes sauditas costumam fechar por meia hora durante os horários da orações islâmicas – realizadas cinco vezes por dia.

Restaurantes e lanchonetes não abrem do nascer ao pôr-do-sol durante o mês do Ramadan, o período de jejum do calendário islâmico. Os não-muçulmanos em visita ao país devem evitar comer em público antes do anoitecer (essa regra vale até para países considerados mais liberais, como os Emirados Árabes Unidos).

O maior relógio do mundo foi ativado recentemente na cidade de Meca.

Meninos e meninas só estudam juntos nos primeiros anos de alfabetização. Depois, eles só podem ser matriculados em escolas e universidades separadas. A segregação de gênero é, aliás, comum em quase todos os espaços públicos.

As mulheres são proibidas de dirigir na Arábia Saudita. Recentemente, algumas foram presas por “burlar a lei” dirigindo.

Um dos passatempos prediletos dos jovens sauditas (homens, é claro) é participar de rachas nas estradas do país. Além dos rachas, eles costumam fazer acrobacias com os automóveis.

Os sauditas pretendem construir o edifício mais alto do mundo. Batizado de Burj Al-Mamlakah, ele terá mais de 1 quilômetro de altura.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015


Entenda o que querem e como surgiram os grupos extremistas que ameaçam o mundo.

 
 

 
 
 
 Diariamente, o Estado Islâmico aparece nas manchetes dos principais jornais do mundo. Não só pelos assassinatos brutais de civis, filmados e publicados na internet, mas também por causa do recrutamento de ocidentais e pelo treinamento militar de crianças, que se tornam guerrilheiras precoces do grupo. Além disso, o grupo passou a queimar livros e destruir obras de arte que representam outras religiões, principalmente as cristãs, por eles chamadas povos da cruz.

Outras células terroristas, no entanto, também ameaçam populações e governos da África e da Ásia, além de causar medo na Europa e na América do Norte, potenciais alvos de ataque. Veja outros quatro grupos, além do Estado Islâmico, que também ocupam o noticiário pelos atos extremistas.

 

Al Qaeda


Origem: Afeganistão, 1988, após a expulsão da União Soviética do país.

Atuação: Afeganistão, Paquistão, Quênia, Síria, Índia, Somália; ações eventuais em países da Europa e dos Estados Unidos.


Objetivo: Combater a influência ocidental nos países muçulmanos –atacando inclusive governos islâmicos considerados "liberais demais"– e implantar a sharia, o código religioso islâmico interpretado de forma extrema e equivocada pelo grupo, tornando assim o assassinato de civis, por exemplo, como permitido em prol dos objetivos dos terroristas. A Al Qaeda ganhou notoriedade após os atentados de 11 de Setembro e espalhou o terrorismo por países do Ocidente, do Oriente Médio e da África, influenciando organizações como Estado Islâmico, Al-Shabaab e Boko Haram. Apesar da morte de Osama Bin Landen, o grupo continua vivo a partir de colaboradores inspirados pelos ideais dos terroristas que promovem eventuais ataques suicidas em países como Estados Unidos, Quênia e Iraque.

Atentados notóriosEUA, 11 de setembro de 2001 (Nova York e Pentágono, cerca de 3.000 mortos); embaixadas americanas em Dar es Salaam, Tanzânia, e Nairóbi, Quênia, em 7 de agosto de 1998 (224 mortos); distrito turístico de Bali, Indonésia, em 12 de outubro de 2002 (202 mortos).


 


Taliban

Origem: Afeganistão e Paquistão, 1994.

Atuação: Afeganistão e Paquistão.

Objetivo: Outro nome que ganhou as manchetes pelos atentados de 11 de Setembro, o grupo governou o Afeganistão de 1996 até a invasão americana de 2001 –ele foi tirado do poder pelos Estados Unidos pela acusação de proteger Osama Bin Laden e terroristas da Al-Qaeda, de quem o Taliban era aliado. Mas o grupo continuou ativo no país, com a meta de implementar a Sharia, assim como no Paquistão, onde tem o nome de Tehrik-i-Taliban Pakistan e promove sucessivos ataques. O governo paquistanês, que já foi próximo do grupo na época do domínio taliban no vizinho Afeganistão, tenta dialogar com os terroristas em seu país, sem sucesso. Já o Afeganistão recebe treinamento de contraterrorismo das forças dos Estados Unidos e da Otan, mas não consegue extinguir os ataques.

Atentados notóriosmassacre em escola de Peshawar, no Paquistão, 16 de dezembro de 2014 (145 mortos, incluindo 132 crianças); ataque a um mercado em Mohmand Agency, Paquistão, em 9 de julho de 2010 (104 mortos); tentativa de assassinato da adolescente ativista Malala Yousafzai, ganhadora do prêmio Nobel da Paz de 2014, em 9 de outubro 2012. O Tehrik-i-Taliban Pakistan assumiu a autoria dos três atos.


 
 

Al Shabaab

Origem: Somália, 2006.

Atuação: Somália, Quênia e Uganda.

Objetivo: Grupo ligado à Al Qaeda criado com o objetivo de transformar a Somália, que enfrenta uma guerra civil, em um estado fundamentalista islâmico governado com base na Sharia. Além dos ataques domésticos, também realizou atentados em países vizinhos, como Quênia e Uganda, que se juntaram à Somália para combater os terroristas. As tropas conseguiram expulsar o grupo de Mogadício, capital somali, mas os guerrilheiros controlam algumas partes do país e continuam a atuar no Quênia e em Uganda. O Al Shabaab ganhou notoriedade quando o grupo convocou por vídeo, seus "simpatizantes no Ocidente" a copiar um ataque a um shopping no Quênia, que deixou mais de 60 mortos. Os Estados Unidos entraram em alerta, mas o governo Obama ressaltou que não havia "evidência crível ou específica" de que um ataque a shoppings estava sendo planejado no país.

Atentados notórios: ataques suicidas em Kampala, Uganda, em 11 de julho de 2010, no dia da final da Copa do Mundo da África do Sul (74 mortos); ataque em Beledweyne, Somália, em 18 de junho 2009 (35 mortos, incluindo Omar Hashi Aden, Ministro da Segurança do país) e vários outros atentados locais.


 
 

 Estado Islâmico

Origem: Iraque e Jordânia, 1999, como "Organização do Monoteísmo e Jihad".

Atuação: Iraque, Líbia e Síria.

Objetivo: Dissidente da Al Qaeda no Iraque, o grupo se estruturou e tomou o mundo de surpresa no ano passado quando conseguiu ocupar territórios e criar um califado entre a Síria e o Iraque, onde hoje se concentra. Mesmo sofrendo constantes ataques aéreos dos Estados Unidos e sendo combatido por Egito, Jordânia, Iraque e Síria, além de forças kurdas, o Estado Islâmico assusta tanto pelo avanço militar quanto pelos brutais assassinatos cometidos contra reféns e cidadãos vistos como inimigos do regime. O grupo também governa a partir da Sharia, o código religioso islâmico interpretado de forma radical pelo grupo, e quem a desrespeita está sujeito a tortura e morte. Seu líder, Abu Bakr al-Baghdadi, é apontado pelos terroristas como sucessor de Maomé, e o EI exige que os muçulmanos prestem sua devoção a ele. O alcance da organização não fica restrito à área invadida: com os recentes recrutamentos de ocidentais, o Estado Islâmico tem se tornado uma ameaça também na Europa e na América do Norte, que temem atentados em seus próprios países e a saída de cidadãos, muçulmanos ou não, para se juntar ao grupo.

Atentados notórios: o domínio do grupo nos territórios sírio e iraquiano frequentemente deixa vítimas, mas o grupo também pratica assassinatos em massa: um dos mais famosos foi entre 12 e 15 de junho de 2014, quando cerca de 1.700 soldados iraquianos teriam sido mortos pelos terroristas em Tikrit.


 
 

Boko Haram

Origem: Nigéria, 2002.

Atuação: Nigéria, Chade, Níger e Camarões.

Objetivo: O Boko Haram é mais um que busca a implantação da Sharia, que seria incorporada na Nigéria, o país mais populoso da África, a partir de um golpe. Os terroristas têm sua base no norte do país, de maioria muçulmana. Mas o sul, região da capital Lagos e majoritariamente cristão, também começa a sentir as ameaças. Os sequestros e assassinatos em massa, no entanto, ocorrem principalmente no norte e na região central do país. Nigéria, Camarões e Chade, com apoio técnico e financeiro dos Estados Unidos, tentam combater o Boko Haram, que até o momento tem se mostrado uma ameaça concentrada apenas na África Ocidental.

Atentados notórios: sequestro de 276 garotas de uma escola em Chibok em abril de 2014 (219 ainda estão desaparecidas); sequestro da mulher do vice-presidente de Camarões em julho de 2014 (foi libertada em outubro); assassinato em massa em Baga em janeiro de 2015 (pelo menos 150 mortos, número que pode chegar a 2.000, segundo a entidade Human Rights Watch).