Quase todas as culturas conhecidas que têm o tempo dividido em períodos anuais celebram o final de uma sequência destes períodos e o início de uma nova sequência, a esta transição costuma-se chamar de Ano-Novo. A celebração do evento é chamada, pelos franceses e espalhada pelo mundo, de réveillon, termo oriundo do verbo réveiller, que em portugues significa "despertar".
O governador romano Júlio César fixou o 1º de janeiro como o Dia do Ano-Novo em 46 a.C, marcando a origem da comemoração ocidental. Os romanos dedicavam esse dia a Jano, o deus dos portões. O mês de Janeiro, deriva do nome de Jano, que tinha duas faces - uma voltada para frente e a outra para trás, alegoria feita aos portões que têm dois lados.
Na cultura árabe o calendario é lunar sendo marcado por doze revoluções da lua (Nova, Crescente, Cheia e Minguante) que têm a duração de cerca de 354 dias.
Foram os egípcios que inventaram o primeiro calendário. O sábio faraó Imhutp (em inglês Imhotep) inventou o calendário egípcio, iniciando a contagem do tempo com a construção das Pirâmides de Gizé sob a constelação de Orion na conjução Sol/Terra - Sirius/Canopus na Via Láctea em 2769 antes de Cristo. O calendário egípcio foi estudado e reconhecido pelos astrônomos gregos, tendo se tornado o calendário base da astronomia por muito tempo.Se tomarmos o ano 2769 antes de Cristo e somarmos aos 2010 depois de Cristo, estaríamos no ano 4779.
Não temos registros do início da primeira dinastia egípcia conhecida no Período Protodinástico, no Baixo Egito, embora alguns estudiosos sugiram 3760 antes de Cristo, mas sabemos que terminou em 3150 antes Cristo, portanto, se tomarmos como base esta data teremos os 3150 anos antes de Cristo acrescidos dos 2010 depois de Cristo remontando 5160 anos, antes e depois de Cristo. O calendário criado por Imhutp era parecido com o que usamos hoje, pois era composto por 365 dias e dividido em doze meses com exatos trinta dias, acrescentando-se cinco dias extras ao final para comemorar o aniversário dos deuses Usíris (Osiris), Hurus (Horus), Ísis, N'ftis (Neftis) e Sit (Set). O ano egípcio iniciava quando a estrela Sírius surgia no horizonte de M'nfis (Mênfis), a cidade dos primeiros faraós, e que no nosso calendário corresponde ao dia 16 de julho, data em que começava a enchente anual do rio Nilo. Não sabemos hoje qual o grau de elevação de Sírius que determinava o exato momento em que ela havia “renascido” contudo, alguns estudiosos afirmam que tal evento deveria ocorrer por volta de 21 de Junho. Atualmente, os egiptólogos sugerem a data de 1 de Agosto. Deste modo, no início de agosto para nós a estrela Sírius, que estava oculta por meses, surgia no horizonte brilhante imediatamente antes do sol nascer e, ao que parece, quando atingia uma determinada altura no horizonte marcava o novo ano e o início da cheia do Nilo.
Embora muito próximo do nosso calendário, ele possuía apenas três estações, pois os egípcios não conheciam o inverno, estas estações eram chamadas: Akht (a enchente), F'rit (a emersão) e Chimu (a aridez). A partir deste calendário, os astrólogos egípcios elaboram um zodíaco dividido em doze signos, correspondentes aos doze meses do ano, cada um dos quais regido por um Deus. Dessa maneira, cada signo é representado por uma divindade que, além de dirigir os acontecimentos durante aquela época do ano outorga suas próprias características às pessoas nascidas sob a sua regência.
Curioso notarmos que, na época havia uma celebração chamada “Festa de Dezembro”, que marcava o nascimento do filho de Ísis (nome egípcio da "Rainha do Céu") em 25 de dezembro. Os egípcios usavam galhos verdes de palmeiras nas festas de dezembro como sinônimo de vida, energia e fertilidade.
Dois mil, três mil, quatro mil ou cinco mil anos desde o início da contagem ou até mesmo dois e meio milhões de anos atrás, quando supomos o surgimento do homo habilis, não importa! O que eu queria dizer mesmo é: FELIZ ANO-NOVO!
Yussif/Dez2009
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