
O uso dos tempos e modos verbais, especialmente o indicativo e o subjuntivo, exige cuidados. Muita calma nessa hora. Recordando: o indicativo é o modo da realidade, da certeza, da confirmação. O modo subjuntivo - por sua vez - exprime dúvida, incerteza, possibilidade, suposição. O subjuntivo geralmente é antecedido pelas conjunções *se* e *quando*.
*Se você quer convencer alguém de alguma coisa, o melhor é deixá-lo chegar à conclusão sozinho*. A frase exprime mais convicção sobre o aconselhamento do que quem diz *Se você quiser convencer alguém de alguma coisa, o melhor seria deixá-lo chegar à conclusão sozinho*.
A opção pelo verbo *É* (presente do indicativo) em vez de *SERIA* (futuro do pretérito do indicativo) dá mais assertividade ao texto de Kanitz.
Mas ambas as construções são gramaticalmente aceitas.
Vinicius usa as duas formas: *Se você quer ser minha namorada/Ah!, que linda namorada você poderia ser/Se quiser ser somente minha...*.
A frase de Kanitz estaria inadequada se o futuro do subjuntivo (*Se você quiser*) tivesse sido trocado pelo infinitivo (*Se você querer*).
Mas isso é outra história - que veremos em outro artigo. Se Deus quiser.
Yussif jun/06
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