segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Muammar Abu Minyar al-Gaddafi

Para os mais jovens pouco antenados com a política internacional, Qadhafi era mais um dos ditadores remanescentes no mundo, mas como qualquer um de nós, há uma história atrás do tirano.

Nascido em 7 de junho de 1942, de uma tradicional tribo líbia, próximo à cidade de Sirt (que significa norte) manteve contato constante, durante a infância, com os beduínos, povos tradicionais do Oriente Médio que não têm residência fixa e se caracterizam pelo comércio, levando mercadorias e notícias de uma região para outra.

No início da adolescência foi enviado a uma rígida escola inglesa onde se destacou como aluno aplicado. Aos 17 anos deixou a Academia Militar de Binghazi, segunda principal cidade do país, e passou a integrar a Real Academia Militar de Sandhurst, na Inglaterra. Já no primeiro ano do curso superior formou um grupo de opositores à monarquia de Idris I (Sidi Muhammad Idris Al Mahdi Al Sanussi, primeiro rei da Líbia) que, depois de declarar a independência do colonizador italiano abriu as fronteiras para negócios com os americanos que levavam o petróleo líbio sem as devidas compensações ao país, o que, indignou o jovem militar Qadhafi.

Com a ida do rei Idris I à Grécia e Egito para tratamento de saúde assume interinamente seu sobrinho, Príncipe Ridah que governou durante 9 anos sem o total apoio dos militares do país.
Em 1º de setembro de 1969, liderados pelo Coronel Mahmmud Sulayman Al Maghribi, os militares invadem Trípoli e obrigam a renúncia do rei. Logo após a tomada do poder Mahmmud Sulayman sai de cena e o jovem líder, coronel Qadhafi, assume o poder no lugar do Príncipe Ridah, expulsando os americanos e as comunidades judaicas do país, confiscando propriedades internacionais e instalando as leis islâmicas, proibindo a venda de bebidas alcoólicas, fechando danceterias e bordéis. Seus primeiros atos de governo tiveram o apoio popular que lhe conferiu o título de “Libertador”. Daí para cá fatos como o surgimento do grupo terrorista “Panteras Negras”, “Fatah”, o massacre de Munique durante os Jogos Olímpicos de 1972, onde foram assassinados 11 atletas israelenses, atribuído ao grupo “Setembro Negro” retiram a máscara de Libertador expondo a verdadeira face do Ditador.

Nenhum comentário: