segunda-feira, 10 de setembro de 2012

O lobo



.: O lobo :.
Não há limite que detenha a vontade de ser. Os caminhos se abrem em ampla e inusitada ousadia que nada há de deter o desejo, a força e a coragem. É o lobo.
Explode a liberdade contida e se extingue o mínimo de
censura. Não a censura pudica, mas aquela que nos vai atando a cada passo que damos. Não há impossível, não há errado, não há não. O lobo avança, sobre a vida, sobre as cores, sobre as formas, sobre letras, sobre os sonhos. É soberano!
A excitação da aventura torna realidade a magia e permite ao imaginário realizar-se na concretude do delírio e da alucinação.
Alegria incontida, desejo voraz, inquietação de espírito e emoção à flor da pele irradiando possibilidade e êxtase.
A crítica perde-se na inutilidade da escuta fugidia e da
incompreensão arruinada. O lobo deixa pegadas eternas nas letras. A transgressão é a meta e nada há de impedir.
Transgride-se, porém, apenas, a morbidez da moral e a desmoralização da vida hipócrita que se tenta impor ao oprimido. Ao lobo não se imputa a opressão. Liberta-se e vive. Explode em viver.
Yussif –Nov/05

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